Integração de cartórios: CIB e Sinter

A Receita Federal publicou, em agosto, a Instrução Normativa RFB nº 2.275/2025, que regulamenta a implantação do Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB) e o envio eletrônico de informações sobre imóveis pelo Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (Sinter).

Embora envolva dados de imóveis urbanos e rurais, a nova regra atinge apenas os cartórios de notas e de registro, sem gerar novas obrigações diretas para contribuintes ou proprietários.

Responsabilidades dos cartórios
Pela norma, os cartórios devem se integrar ao Sinter e enviar eletronicamente todas as informações sobre operações imobiliárias e registros logo após cada ato.

O objetivo é unificar e padronizar os dados territoriais do país, facilitando o cruzamento fiscal e o controle centralizado das transações imobiliárias.
A medida também busca melhorar a transparência e aumentar a eficiência administrativa no controle patrimonial.

Identificador único para imóveis
Com o CIB, cada imóvel passará a ter um identificador nacional único, substituindo cadastros municipais e estaduais e eliminando duplicidades.
O sistema reunirá dados da Receita Federal, fiscos estaduais e municipais, CNJ e operadores dos registros públicos, formando uma base integrada de gestão territorial.

Segundo a Receita, essa padronização vai reduzir inconsistências e fortalecer o controle tributário e registral.

Cronograma de implantação
O plano de trabalho da IN nº 2.275/2025 prevê que o sistema entre em operação até novembro de 2025.

As etapas de diagnóstico, testes e homologação serão realizadas em conjunto com os cartórios e demais parceiros, garantindo segurança, interoperabilidade e padronização.

Penalidades
Os cartórios que não cumprirem as exigências poderão ser reportados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável por aplicar as sanções previstas na legislação.

A fiscalização e a responsabilização seguem a competência disciplinar do CNJ e das corregedorias locais.

Objetivos da integração nacional
A criação do CIB e sua integração ao Sinter têm como principais metas:

  • Padronizar informações imobiliárias em nível nacional;
  • Aumentar a transparência das transações;
  • Facilitar o compartilhamento de dados fiscais e cadastrais;
  • Reduzir burocracias e registros duplicados;
  • Aprimorar a gestão tributária e territorial.

Segundo a Receita Federal, o novo sistema permitirá uma visão unificada do território nacional, garantindo maior precisão no controle de bens, propriedades e direitos reais.

Fonte: Contábeis

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