O avanço do mercado de trabalho informal tem impulsionado a atenção do sistema financeiro no setor, que atingiu um saldo de R$ 538,7 bilhões em julho, alta de 9,1% ante o mesmo mês de 2018.

O saldo de crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) somou R$ 538,7 bilhões em julho, o maior patamar em dois anos. Apesar do crescente foco no segmento, o maior risco e a lenta recuperação ainda limitam o recuo de juros na ponta.

A carteira representa um aumento de 9,1% em relação ao mesmo mês do ano passado (R$ 493,8 bilhões) e é o maior valor registrado desde julho de 2017, quando totalizava R$ 541,8 bilhões. O saldo para as grandes companhias, por sua vez, apontou uma queda de 7,2% em julho deste ano contra igual período de 2018, de R$ 928,8 bilhões para R$ 862,3 bilhões.

Bem próximo das mínimas históricas, por sua vez, as taxas de inadimplência totais para pessoas jurídicas alcançaram 2,5%, queda de 0,1 ponto percentual (p.p.) ante o mesmo mês de 2018 (2,4%). Já as taxas de juros para o crédito corporativo ficaram em 15,1% ao ano (a.a.), redução de 0,8p.p. na mesma relação (15,9% a.a.).

Em relação ao spread observado em julho, no entanto, houve um aumento de 0,5 p.p. em comparação ao mesmo mês de 2018, de 9,1 p.p. para 9,6 p.p.. Os prazos também mostraram redução de 19,7%, de 68,7 meses para 55,2 meses.

A retomada ainda moderada da economia, somada aos altos níveis de desemprego, de endividamento e de comprometimento da renda também acabaram limitando as projeções de crescimento do mercado de crédito para este ano.

As expectativas são de que mesmo com as medidas para incentivo da economia por parte do governo, o segundo semestre deste ano não demonstrará uma “volta mais intensa”.

 

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