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O mês de abril não deixou uma boa notícia. O avanço da dívida pública federal para 0,32% no quarto mês do ano significa um valor de R$3,24 trilhões. Segundo o Tesouro Nacional, esse valor inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior. No mês anterior, o défice foi de R$3,23 trilhões.

As despesas com os juros da dívida pública, no valor de R$23,61 bilhões, são os principais causas deste aumento.

Em abril houve um resgate líquido de títulos públicos. O vencimento de papéis superou a emissão de novos títulos da dívida no montante de R$ 13,25 bilhões. Este resgate visa contribuir para a redução dívida pública, no entanto não foi o que ocorreu no mês de abril. O valor gasto para o pagamento dos juros foi superior.

Para entender melhor
Emitida pelo Tesoura Nacional, a dívida pública serve para financiar o déficit orçamentário do governo federal. A dívida é chamada de interna, quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real (R$).

Quando as operações são efetuadas em moedas estrangeiras, normalmente dólar (US$) , a dívida é denominada externa. Em 2016, a porcentagem da dívida pública registrou teve crescimento de 11,42% isto é, cerca de 3,11 trilhões.

Expectativas para 2017
De acordo com o Tesouro Nacional a expectativa é que haja um novo aumento na dívida pública. A previsão é que ela chegue aos R$3,65 trilhões em dezembro deste ano. Se isso acontecer a alta da dívida será de R$ 538 bilhões, aumento 17,28% em relação ao fechamento de 2016. Na dívida interna, de acordo com o Tesouro Nacional, foi registrada uma elevação de 0,3% em abril, para R$ 3,12 trilhões, isto é, uma alta de R$ 10 bilhões.

Já a dívida externa brasileira, resultante da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, contabilizou uma alta de 0,81% no mês passado, para R$ 121,2 bilhões. O aumento da dívida externa foi de R$ 1 bilhão no mês passado.

Compradores
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna subiu em abril. Em março, os não residentes detinham 13,26% do total da dívida interna (R$ 412 bilhões). No fechamento de abril, detinham 13,63%, o equivalente a R$ 425 bilhões.

Mesmo assim, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás dos fundos de previdência, com R$ 812 bilhões em abril, ou 26% do total; dos fundos de investimento (23,24% do total, ou R$ 725,9 bilhões) e das instituições financeiras (21,87% do total, ou R$ 683 bilhões).

Perfil da dívida
Em abril deste ano, o percentual de papéis prefixados somou 34,93% do total, ou R$ 1,09 trilhão, contra 35,87% em março (R$ 1,11 trilhão). Os números foram calculados após a contabilização dos contratos de “swap cambial”.

Os títulos atrelados à taxa Selic, chamados de pós-fixados, por sua vez, tiveram sua participação elevada no mês passado. Em março, representaram 28,2% do total (R$ 878 bilhões), avançando para 29,33% em abril (ou R$ 916 bilhões).

A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação), por sua vez, somou 33,45% em abril deste ano, o equivalente a R$ 1,04 trilhão, contra 33,2% em março (R$ 1,03 trilhão).

Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 2,29% do total em abril, ou R$ 71,49 bilhões, contra 2,72% em março deste ano, ou R$ 84,77 bilhões.

A queda da dívida em dólar se deve ao resgate, por parte do Banco Central, de contratos de “swap cambial” – na esteira do processo de queda da cotação do dólar no Brasil.

 

Fonte: G1

 

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