Para  diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Viana, há uma recuperação consistente no Brasil. Em paralelo com a expansão, a inflação deve chegar mais perto das economias avançadas. 

Alguns setores da economia já estão demonstrando recuperação, como por exemplo as vendas no varejo que estão em alta e há um começo de melhoria no setor de manufaturados. Para Carlos Viana, existe uma tendência clara de retomada do setor de serviços. Ele destacou a restabelecimento do crédito como um dos fatores que vão ajudar na recuperação econômica do País.

A  inflação este ano deve ficar em 3,7% e para 2019 e 2020 a expectativa é de que suba para 4%, segundo Viana.

A autonomia do Banco Central, segundo Viana está na agenda do governo e é fundamental para que o banco execute as políticas governamentais. Isso não quer dizer que o BC tomará decisões sozinho. Destacou ainda que a decisão (das políticas) é tomada pelo governo e o BC precisa ter proteção e meios para buscar essas metas, por isso a autonomia é importante.

Crescimento da economia em 2017

Segundo o IBGE, a economia brasileira cresceu 1% em 2017, o PIB (Produto Interno Bruto) totalizou R$ 6,559 trilhões. No último trimestre do ano passado, o PIB cresceu 0,1% em relação aos três meses anteriores, dando sinais de que a recuperação da economia ganhou força após a saída da recessão, no início de 2017. Ante o quarto trimestre de 2016, quando o país ainda estava em recessão, a alta no último período do ano foi de 2,1%. Os números vieram um pouco abaixo do que esperavam analistas do mercado financeiro e o governo. A projeção central de economistas consultados pela agência Bloomberg era de um crescimento de 1,1% em 2017 e de 0,4% no quarto trimestre do ano. Os números da economia mostram que o país deixou a recessão —iniciada no segundo trimestre de 2014, segundo o Comitê de Datação de Ciclos, da FGV— no primeiro trimestre do ano passado.

Para o IBGE, apesar do crescimento de 1% no ano passado, a economia retrocedeu ao mesmo patamar do primeiro semestre de 2011. Ou seja, a recessão que derrubou o PIB em 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,5%) destruiu o crescimento de seis anos.

O crescimento da economia do Brasil foi ligeiramente melhor no terceiro trimestre de 2017 em relação ao segundo trimestre. O PIB cresceu 0,2%, contra estimativa anterior de 0,1%.

No segundo trimestre, o crescimento sofreu revisão para baixo: passou de 0,7% para 0,6%.

Fonte: Agência Estado/Folha de S. Paulo

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